Comunicado à Imprensa
As políticas públicas para as adições permanecem hoje ainda numa situação de incerteza quanto à definição de um modelo organizacional que acompanhe as novas realidades sobre comportamentos aditivos e dependências e que reflita a sua natureza multidimensional. Esta situação contribui largamente para a fragilização e desqualificação lenta dos Serviços e para acentuar o continuado e desesperante esforço dos profissionais em manter uma resposta condigna aos utentes e famílias que todos os dias solicitam apoio.
No âmbito do 1º Encontro Nacional dos Profissionais em Comportamentos Aditivos e Dependências (CAD) ocorrido em Aveiro, no dia 4 de maio consensualizou-se a seguinte posição:
Face às especificidades e alargamento das competências atribuídas aos dispositivos com intervenção em CAD nomeadamente dependentes de substâncias psicoactivas ilícitas (utentes mais envelhecidos), dependentes de álcool, crianças e jovens com comportamentos de risco, comportamentos aditivos sem substâncias e sem o necessário reforço de recursos, constata-se a existência de uma severa incapacidade de resposta às necessidades evidenciadas.
Assim, no sentido de preservar a dignidade e a qualidade dos cuidados prestados à população que servimos, estes profissionais vêm exigir:
1) O imprescindível reforço de recursos humanos e logísticos:
2) Maior autonomia local dos Serviços e rápida definição da sua orgânica;
3) Aprofundamento da integração no SNS – rede de referenciação e a nível informático o acesso à PDS (Plataforma de Dados da Saúde) e CTH (Consulta a Tempo e Horas).
A Direção